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quarta-feira, 14 de abril de 2010

O novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa

Olá!
Já se adaptaram ao acordo ortográfico da língua portuguesa que entrou em vigor em janeiro de 2009? Não??!!!
Não tem problema. Temos até o final de 2012 para adaptarmos.
Vamos relembrar: segundo especialistas (e/ou burocratas) o fato de existirem duas ortografias oficiais – uma europeia e outra brasileira – trazia dificuldades de natureza linguística e política, principalmente na redação de documentos internacionais e na publicação de obras de interesse público. Daí o acordo ortográfico, que vinha sendo debatido e negociado há anos e anos.
A maior resistência veio de Portugal que assinou o acordo já no final de 2008. Vale lembrar que lá (além de ser o país “colonizador”???) a porcentagem de mudança dos vocábulos chega a 1,5%. Enquanto no Brasil essa porcentagem é de 0,5%. Mas em Portugal o prazo para a adaptação é até 2014.
Além de Portugal e Brasil, os países que constituem a “comunidade lusófona” e assinaram o acordo foram: Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, e Timor-Leste. Vale lembrar que o acordo é “ortográfico”, portanto não implica mudança em qualquer outro aspecto da língua como vocabulário, construção gramatical, pronúncia. Em Portugal, por exemplo, fila continua sendo “bicha”, garota “rapariga”, pão alongado “cacete”, calcinha “cueca”, comer “morfar”, brigar “bulhar”, sair “abalar”, gare “estação”, celular “tele-móvel”, preservativo “durex” e por aí vai. Em relação à ortografia, em Portugal nada de adopção, afectivo, actual, exacto, óptimo.
. E aí? Já acostumaram escrever ideia, assembleia, plateia, colmeia, heroico, joia, jiboia, etc. voo, enjoo, perdoo, abençoo, leem, creem, veem, releem, etc. para (verbo), pelo (sub.) sem o acento?
. Lembram que o nosso alfabeto agora tem 26 letras? (+ k, w e y)
. E o trema? É fácil: Foi eliminado em todas as palavras portuguesas e aportuguesadas! (sequestro, tranquilo, etc. não têm mais aqueles dois pontinhos no ü).
E o hífen? Uma verdadeira “salada”: extra-oficial, extraordinário, afro-brasileiro, afrodescendente, paraquedas, para-lama, vai entender...
Mesmo depois da publicação do Volp (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) pela Academia Brasileira de Letras, o acordo não se configura uma garantia de total unificação... Existem muitos “abacaxis”, “cascas de bananas” e muito mais. Mas, em momento algum devemos perder a LIBERDADE de falar e/ou a escrever a nossa língua materna.
Outra informação: Já se fala que o Brasil é o país mais adiantado em relação às mudanças feitas no acordo. Nos outros países as coisas andam devagar, devagarzinho; principalmente em Portugal onde as resistências continuam. É esperar para ver...
Eu, que gosto de humor, vou terminar essas “poucas linhas” com as palavras do José Simão publicadas em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo - 01/02/2009: “E duas novas regras do Acordo Ortográfico: “mocreia” perdeu o acento, mas continua feia. E jamais trema em cima da linguiça. Jamais! E véia não tem mais acento. E pra dar uma injeção na veia da véia? Injeção na veia da veia. E Dança do Créu tem acento? Tem que ter! Porque o fundamental no funk é ter acento!”

6 comentários:

  1. Olá galera!!! Oi pessoal!!!
    É agora vamos nos acostumar aos poucos c/ estas mudanças!!! Como foi falado na postagem, não mudará muito em comparação com outros países...
    Vemos também fatores políticos neste acordo, pois ele sugere a unificação da Língua Portuguesa, nos países que a falam!!!
    Com certeza vamos sobreviver a esta reforma, pois nossa língua já passou por várias reformas e isto não foi um impedimento para a comunicação...
    Espero q até 2012 possamos aprender a maioria delas e começar a usá-las... E aguardar a próxima reforma...
    Até +... fui...

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  2. Bom dia Eliran. Tudo bem?
    Gostei do seu blog, principalmente das citações do Guimarães Rosa.
    Acredito que o blog pode ser uma excelente ferramenta pedagógica.

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  3. Uma maneira prática para adaptar às mudanças feitas no acordo é a leitura de jornais, pois torna-se + fácil acostumar.
    Falam-se muito dos custos financeiros, dificuldades de adaptação, etc.em relação ao acordo ortográfico. Realmente é um fator de reflexão. Independente disso, penso que é positivo o fato de tentar unificar a escrita na “comunidade lusófona”, pois aproxima os seres humanos e facilita a leitura de publicações feitas em qualquer um desses países. Tudo o que vem para facilitar e aproximar a comunicação entre os seres humanos e suas culturas, considero que é bem-vindo.

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  4. É absolutamente louvável a unificação do idioma; porém a adaptação dar-se-á em tempo demasiadamente curto (2009-2012, é isso? :P) Nós pobres estudantes passamos a vida inteira estudando, lendo e escrevendo com um idioma de um jeito; de repente vem uma revolução e embaralha a nossa cabeça! Pior que eu sei que não vou conseguir me adaptar para a redação do vestibular.... :/

    E o que o Prof Arilton citou é a solução e ao mesmo tempo o principal problema: leitura de jornal para adaptação da população ás novas regras é impossível, porque o povão nem bula de remédio lê. Digo mais: os laboratórios nem precisam se dar o trabalho de adaptar as bulas... ahsuahusha

    Até a próximaaaaa!

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  5. shuahsuhua Boa Leandro, não precisam se adaptar mesmo..
    Mas eu tenho um folhetim que fala nas novas regras ortograficas e cita cada uma delas
    detalhadamente.

    " E Dança do Créu tem acento? Tem que ter! Porque o fundamental no funk é ter acento!”

    Eu ri muito, adorei !!

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