Hoje quero compartilhar um momento de grande alegria e emoção. Fui à Bienal acompanhar meus dois ilustres alunos poetas, Carlos Henrique e Emerson, juntamente com o Valter, diretor da nossa Escola. No primeiro dia acompanhamos os dois, mais 18 alunos e, no segundo dia somente os dois, para a “manhã de autógrafos na Bienal”.
O poema deles foi selecionado no concurso 1º Prêmio “Ser autor”, promovido pela Secretaria Estadual da Educação (SEE), em parceria com a Câmara Brasileira do Livro (organizadora da Bienal Internacional do Livro de São Paulo). Já temos o livro em mãos e em breve chegarão os exemplares para a biblioteca da escola onde todos poderão ler.
O tema foi o “O Luar” e cada dupla deveria inspirar-se nas obras de Vinícius de Moraes, ou de Carlos Drummond de Andrade, ou de Adélia Prado. Carlos e Emerson escolheram Carlos Drummond, e escreveram “Além do Luar”, um belíssimo poema que faz uma analogia luar-professor, na sua missão de iluminar, “abrir caminhos”. Tive o privilégio e a alegria imensa de ser a Professora orientadora do projeto que envolveu outras duplas de alunos e alunas.
Ver os meus alunos, Carlos e Emerson, na Bienal, autografando livros no stand da Secretaria Estadual de Educação (vide fotos abaixo), é simplesmente indescritível. Descobri que, além de “mãe-coruja”, sou também “professora-coruja”. Fazer o quê? Preciso assumir os meus sentimentos e vivê-los.
Sempre tive a convicção de que uma das maiores virtudes de um professor(a) é acreditar no potencial dos seus alunos e alunas. Desejo, sinceramente, que isso sirva de exemplo, pois todos os nossos alunos e alunas têm suas potencialidades e nós professores somos testemunhas disso. Temos inúmeras histórias bonitas para contar, vividas ao longo dos anos. Falta, porém, em muitos alunos e alunas, o “despertar”, o “acreditar” e o “trabalhar” para desenvolver o seu potencial, as suas habilidades. Contem conosco.
Carlos e Emerson: Aqui ficam registradas as palavras, as fotos... Mas o registro maior fica no meu coração. Não só desse dia, mas do processo, da caminhada, da travessia. Que Deus ilumine o caminho de vocês. Continuem gostando de escrever poesias, de ler poesias, dos poetas, de Adélia, de Vinícius, de Pessoa, de Drummond..., pois como disse Martin Heidegger, filósofo alemão, “a poesia é a fundação do ser pela palavra”. Sejam felizes, sempre preservando os valores adquiridos que fazem de vocês pessoas tão especiais para todos que com vocês convivem. Obrigada pelo carinho, pela amizade, pela confiança. Isso alimenta o meu sonho, a minha utopia de um mundo mais humano e mais feliz, condições indispensáveis para que nós, professores, possamos superar todas as barreiras impostas à tarefa de educar e mantermos a nossa crença na educação, no ser humano, na vida, no AMANHÃ...